ACTUALIDADES SEMANAIS 2005 |
09.10.- 22.10.05
- RASD
- TERRITÓRIOS OCUPADOS E SUL DE MARROCOS
- REFERENDO
- MARROCOS-SAHARA OCIDENTAL-IMIGRAÇÃO ILEGAL
- ESPANHA
- RECURSOS NATURAIS
- SOLIDARIEDADE
- EM BREVE
- INTERNET
- NOVAS PUBLICAÇÕES
RASD
20.10.05,
Visita oficial
O Presidente da República, Mohamed Abdelaziz, realiza uma
viagem oficial às Ilhas Baleares e ao País Basco. O
líder saharaui iniciou a sua visita a Palma de Maiorca com
encontros com Jaume Matas, Presidente do Governo das Ilhas Baleares.
Depois reuniu com Pere Rotger i Liabres, Presidente do parlamento das
Baleares na presença de membros do intergrupo Paz para o povo
saharaui e outros responsáveis políticos. Após
uma paragem em Menorca, o Presidente saharaui viajou para o
País Basco.
TERRITÓRIOS OCUPADOS E SUL DE MARROCOS
Intifada
[Cronologia
detalhada]
As manifestações contra a presença marroquina
prosseguem sem interrupção em diversas localidades do
Sahara Ocidental: distribuição nocturna de panfletos e
de bandeiras em El Ayoun nos dias 7, 8, 9 e 13 de Outubro.
Manifestações contra a proibição de
visita à Prisão negra a 7, 10 e 17 de Outubro. Durante
cerca de uma semana concentração em Bojador, que
termina de forma sangrenta e por muitas detenções
quando intervêm de forma violenta as forças policiais a
13 de Outubro. Estas, tal como em Maio em El Ayoun, arrombam e pilham
várias casas de famílias saharauis. Estas brutalidades
provocam manifestações de solidariedade em Smara, El
Ayoun e Dakhla, bem como novas detenções.
[Fotos]
A contestação chega também às escolas e liceus. Em muitos estabelecimentos de ensino de El Ayoun os estudantes içam bandeiras da RASD ou recusam cantar o hino nacional marroquino, a que são obrigados diariamente.
As autoridades marroquinas prosseguem a busca a activistas ainda em liberdade, prendem-nos, espancam-nos e interrogam muitos deles. A 11 e 12 de Outubro, 14 presos da Prisão negra, entre os quais os sete defensores dos direitos humanos, são interrogados pelo juiz de instrução. Os detidos reiteram as suas posições e as suas reivindicações. O processo judicial não tem ainda data marcada.
Os presos políticos saharauis anunciam para 20 de Outubro o retomar da greve da fome interrompida no passado dia 29 de Setembro. As razões invocadas prendem-se principalmente com a recusa das autoridades em melhorar as condições de detenção, de permitir as visitas das famílias e o agravamento da repressão em geral.
Uma delegação catalã consegue iludir a vigilância e permanece no Sahara Ocidental entre 12e 16 de Outubro. Ver o seu relatório em espanhol.
A Organização marroquina dos direitos humanos, OMDH, publica a 6 de Outubro um relatório sobre os acontecimentos de El Ayoun, ler a tradução inglesa. A Associação marroquina dos direitos humanos, AMDH, publica a 15.10.05 o relatório da sua comissão de inquérito [em tradução francesa]- [original em árabe]
07.10.05,
Procura da verdade
A Instância Equidade e Reconciliação (IER,
organismo oficial encarregado de fazer luz sobre as graves
violações dos direitos humanos no reinado de Hassan II)
anuncia ter localizado locais de enterramento de 50 pessoas
vítimas de desaparecimento forçado, entre os quais 43
saharauis, em diferentes cemitérios perto dos antigos
presídios secretos de Agdz, Kalaat Mgouna e Tagounit. A
"identificação" foi possível tendo por base os
testemunhos de autoridades locais e antigos funcionários da
polícia. Entre as vítimas encontram-se o pai e a
mãe do actual ministro dos Negócios Estrangeiros
saharaui, ould Salek. Estes saharauis foram detidos entre 1975 e 1985
nas cidades de El Ayoun, Smara, Bojador (Sahara Ocidental), Tan Tan e
Assa (Sul de Marrocos). [communication
de l'IER com a lista das
vítimas]
[em
árabe][Reuters,08.10.05]
[AP.
09.01.05 ]
11.10.05
As famílias dos saharauis assassinados nos presídios
marroquinos recusaram-se a negociar com a delegação da
IER, que lhes veio apresentar os resultados das suas
investigações. Criticam a IER de querer encerrar este
capítulo muito rapidamente, antes mesmo do termo do mandato da
Instância, em Novembro, e virar a página escondendo a
responsabilidade do Estado e recusando-lhes todas as suas
legítimas reivindicações. Estimam em muitas
centenas o número de mortos e de desaparecidos saharauis. A
famílias exigem:
A AMDH, o FMVJ-França e o Comité (marroquino) de coordenação das famílias dos desaparecidos e das vítimas de desaparição em Marrocos formularam reservas e exigências idênticas.
REFERENDO
10.10.05,
60.ª sessão da Assembleia geral da ONU-Comissão
das questões políticas especiais e da
descolonização (quarta comissão)
Após a audição dos últimos
peticionários, a comissão adoptou sem que houvesse
necessidade de votação o projecto de
resolução que será submetido à Assembleia
Geral (A/C4/60/L.4). A resolução sublinha que a
questão do Sahara Ocidental continua a ser um problema de
descolonização, e que o Conselho de Segurança,
na sua resolução 1495 (2003), apoiou o plano de paz
para a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental, o
qual constitui uma solução política adequada
já que assenta no acordo entre as duas partes. Sublinha
igualmente que as partes reagiram de forma diversa a esse plano. A
moção reafirma a responsabilidade da ONU face ao povo
do Sahara Ocidental. Convida, por outro lado, as partes a cooperar
com o CICV nos esforços que visam resolver o problema das
pessoas dadas como desaparecidas, instando-as a honrar a
obrigação que lhes incumbe, face ao direito
internacional humanitário, a libertar sem demora todas as
pessoas que têm capturadas em seu poder desde o início
do conflito. [ler
Comunicado de imprensa CPSD/317]
[outros
documentos]
Reacção
Em declaração tornada pública, o ministro dos
Negócios Estrangeiros saharaui exprime a sua
satisfação. [Texto
integral]
O representante de Marrocos declara que o seu país afirmou peremptoriamente a James Baker que não aceitava o que, no seu plano, se afastava do conceito de solução política fundada na autonomia no respeito pelas prerrogativas da soberania de Marrocos. O Plano reencontrou pois o seu estatuto inicial, afirmou, «um plano saído da imaginação de James Baker e que só compromete ele próprio.»
12-17.10.05,
ONU: Périplo exploratório do enviado pessoal do
secretário-geral
Peter van Walsum realiza uma viagem na região «para
consultas com o Governo de Marrocos e com a Frente Polisario, e
reuniões com os governos dos dois países vizinhos,
Argélia e Mauritânia», com o objectivo de avaliar a
situação e procurar «o melhor meio para sair do
actual impasse político». Avista-se em Rabat com o
primeiro-ministro Driss Jettou e reúne-se no dia seguinte em
Casablanca com o rei Mohamed VI.
O Enviado pessoal do SG chega a 14.10.05 à RASD. Após um acolhimento por parte da população na wilaya de Smara, o emissário da ONU reúne com o primeiro-ministro e os chioukhs (chefes tradicionais), deputados e personalidades, bem como com Med Khaddad, coordenador saharaui junto da Minurso. Quando do seu encontro com van Walsum, o Presidente saharaui argumentou que a rejeição por parte de Marrocos do próprio principio da autodeterminação era "uma posição perigosa que cria um clima de tensão na região." M. Abdelaziz mostrou-se preocupado com a intransigência marroquina, e defendeu "uma medida internacional de firme coacção", sublinhando que "o Plano Baker continua a ser a melhor solução política" para a descolonização do Sahara Ocidental.
Le 15.10. van Walsum encontra o ministro argelino dos Negócios Estrangeiros, Bedjaoui, bem como o Presidente Bouteflika. Qualifica os encontros de interessantes e úteis, acrescentando que a questão do Sahara "se caracteriza por uma contradição", no sentido em que "as posições das partes parecem quase inconciliáveis" mas que "todos os países com quem esteve em contacto não desejam que uma única coisa: que a questão seja resolvida".
Em Nuaquechot van Walsum é recebido pelo primeiro-ministro e o chefe da junta no poder. Declara que "nenhuma das partes implicadas parece disposta a fazer concessões" e que é impossível encontrar uma solução satisfatória para todas as partes implicadas. O representantes especial prossegue a sua viagem, viagem que um jornalista espanhola qualifica de "via sacra" (via crucis), a Madrid e Paris, onde ele se encontra com os respectivos ministros dos Negócios Estrangeiros.
Reacção
do representante saharaui para a Espanha
"A questão do Sahara Ocidental é uma questão de
descolonização e para que sejamos consequentes,
é necessário aplicar a doutrina da ONU nessa
matéria", afirmou Brahim Ghali. "Não se trata de
reconciliar as partes, trata-se de fazer aplicar a legalidade
internacional. Estamos perante uma situação onde
há um invasor e um invadido, um agressor e um agredido, um
colonizador e um colonizado".
13.10.05, ONU,
relatório do secretário-geral S/2005/648
[PDF]
O relatório cobre o período desde 19 de Abril de
2005.
Kofi Annan menciona os confrontos que tiveram lugar no
território, a greve da fome dos presos saharauis, a
inúmeras violações do cessar-fogo pela duas
partes (modernização das infra-estruturas por parte de
Marrocos, limitação pela Frente Polisario de liberdade
de movimento aos observadores, movimentações de
elementos armados das duas partes), a libertação dos
últimos 404 prisioneiros de guerra marroquinos, a
situação preocupante dos refugiados saharauis a
nível alimentar, que necessitam de uma ajuda suplementar, a
retomada desde Novembro das visitas de famílias no quadro da
medidas de confiança e, por fim, o problema das
migrações ilegais.
Apesar da ausência de progressos com vista a uma
resolução, o secretário-geral «continua
determinado a ajudar as partes a encontrar uma solução
mutuamente aceitável com vista à
autodeterminação do Sahara Ocidental». Analisando
a situação actual, Kofi Annan estima que a MINURSO
continua a jogar um papel importante de estabilização e
de vigilância do cessar-fogo, recomendando a
prorrogação por seis meses do seu mandato até
30.04.06. Em relação às violações
dos direitos humanos «tanto no território como nos
acampamentos de refugiados», O ACNUR irá contactar com as
partes.
MARROCOS-SAHARA OCIDENTAL- IMIGRAÇÃO ILEGAL
O problema da imigração clandestina subsahariana através de Marrocos surge com toda a sua amplidão face à brutal política marroquina. Colocado sob a pressão da Espanha e da UE e obrigado a desviar o fluxo para o norte, Marrocos generalizou a sua prática já conhecida de depositar esses grupos de pessoas sem meios de sobrevivência em pleno deserto na proximidade das fronteiras. Desde o final de Setembro, as autoridades marroquinas deslocaram entre 1000-1500 pessoas para as fronteiras argelinas. Devido a pressões efectuadas por ONG, essas pessoas foram reembarcadas em autocarros e levadas para outros pontos de Marrocos.
Enquanto que
uma parte dos Subsaharianos são repatriados para o Senegal e o
Mali através de pontes aéreas, outros são
abandonados no Sahara Ocidental e obrigados a atravessar o muro e os
campos de minas. Graças à tenacidades de ONG
marroquinas e espanholas e a jornalistas corajosos, estes factos
são revelados à opinião pública mundial
com grande desagrados das autoridades marroquinas, que tentatram
dificultar ao máximo o trabalho dos jornalistas, das ONG e do
ACNUR, o que conduziu a fortes protestos.[HCR]
Os imigrantes deportados são progressivamente localizados e
reagrupados em diversoso locais.
Dois helicópteros da MINURSO intervêm na procura dos
imigrantes errando pelo deserto. Patrulhas militares saharauis
recolhem no espaço de uma semana mais de uma centena de
condenados a uma morte certa.
Apesar dos relatórios da organização
Médecins du monde, que trata os resgatados em Bir Lahlou
(territórios libertados da RASD) e da MINURSO, que participa
nas operações de salvamento, as autoridades marroquinas
desmentem "firmemente" ter expulsados os imigrantes através do
muro, denunciando, com o cúmulo do cinismo, tratar-se de uma
manipulação "argelino-polisariana". O ACNUR, por seu
lado, exprime "preocupação", pois segundo a ONU mais de
500 pessoas foram abandonadas pelas autoridades marroquinas no Sahara
Ocidental. Foi a ONU que pediu à MINURSO para intervir, o que
originou as críticas do governo marroquino, que estima que
isso "não está previsto no seu mandato".
Marrocos vai ao ponto de protestar junto da ONU contra a violação por parte da Polisario da zona-tampão (de cinco quilómetros) ao longo do muro (para socorrer os imigrantes) e pede à MINURSO que respeite os seus compromissos. O primeiro-ministro denuncia o reagrupamento realizado pela Polisario dos imigrantes clandestinos nessa zona, "parte integrante de Marrocos", como afirma. Denunciando simultaneamente "a exploração por parte da Argélia e da Polisario desta tragédia humana com fins propagandísticos".
Um jornalista espanhol revela uma prova suplementar da mentira marroquina, ao encontrar em Bir Lahlou um camaronês que ele havia visto junto de Melilla um mês antes [La prueba definitiva, Luis de Vega, enviado especial ABC, Bir Lahlú (Sahara Occidental)]
A 21.10.05, 117 migrantes subsaharianos e asiáticos são socorridos pela Frente Polisario. O ACNUR declara que Marrocos continua a impedir o acesso aos acampamentos de migrantes, não respeitando as leis internacional sobre a imigração. Médicos del Mundo e a Comisión Española de Ayuda al Refugiado (CEAR) ocupam-se de um novo grupo de 120 pessoas, encontradas pelo exército mauritano na região de Zoueratt. De salientar que o ACNUR protestou contra a deportação de pessoas na posse de papéis passados pelo Alto Comissariado das NU para os Refugiados durante a captura e a deportação dos imigrantes ilegais.
Nota: a prática marroquina de abandono no deserto de imigrantes ilegais não é nova. Em junho de 2004 a Frente Polisario havia já recolhido já 25 pessoas de origem asiática na região de Myjec, a que se juntaram na Primavera de 2005 mais outras 46 pessoas, que aguardam ainda o seu repatriamento em Tifariti. [essas pessoas são mencionadas nos sucessivos relatórios do secretário-geral da ONU]
ESPANHA
13.10.05,
parlamento de Navarra
É adoptada uma resolução de apoio aos direitos
do povo saharaui e de condenação da atitude marroquina
apresentada pelo grupo Eusko Alkartasuna.
RECURSOS NATURAIS
14.10.05,
pesca
Durante uma conferência de imprensa o comissário europeu
para a pesca, Joe Borg, recusa-se a responder à pergunta se as
águas territoriais saharauis estão incluídas no
acordo de pesca firmado entre Marrocos e a UE, e que deverá
ser ratificado em 2006. A Suécia, pela voz do seu ministro das
pescas, teria recebido garantias que estas seriam excluídas do
acordo. O senador belga Pierre Galand e a senhora P. Pierson Mathy,
professora de direito internacional, protestaram recentemente junto
do comissário Borg contra a inclusão de espaços
marítimos do Sahara Ocidental no acordo. Pretendem assim
participar no combate democrático travado contra a
aprovação de um tal acordo por parte das
instâncias competentes da UE.
12.10.05,
petróleo
Através de comunicado [em
inglês],
o governo saharaui revela que a companhia petrolífera
norte-americana Kerr McGee pretende, apesar da
interdição de direito da ONU, iniciar as
operações de exploração
petrolífera no off shore do Sahara Ocidental. O governo
relembra que o Sahara Ocidental é uma zona de conflito e que a
segurança das pessoas implicadas nas actividades desenvolvidas
pela Kerr McGee não pode ser garantida. Como os acordos de
cessar-fogo não prevêm tais operações em
zona de guerra, as forças armadas saharauis deverão
considerar a sua posição se tais actividades
provocatórias vierem a ter lugar.
A companhia Kerr McGee através do seu porta-voz declara a 17
de Outubro que a a petrolífera está na posse de todas
as autorizações necessárias, passadas pelo
governo marroquino, e que irá prosseguir as suas actividades.
[The Journal Record, Oklhoma] A 20.10.05 o governo saharaui,
em declaração escrita, desmenter ter querido
ameaçar os interesses americanos e reafirma a sua
condenação do terrorismo. [voir aussi
MAP
du 21.10.05]
SOLIDARIEDADE
Roma
Une centaine de personnes, représentants d'associations de
solidarité avec le peuple sahraoui, ont pris part le 15.10.05
à un sit-in devant l'ambassade du Maroc à Rome.
L'action initiée par l'association Jaima sahraoui d'Emilie
Romagne, marquée par la présence d'une dizaine de
maires et d'élus de communes de la région de Toscane,
ainsi que de membres d'associations de soutien au peuple sahraoui et
des droits de l'homme de Bergame et Florence, a été un
"véritable succès", selon les organisateurs qui ont
noté avec satisfaction la mobilisation de plus en plus accrue
de l'opinion internationale face à la tragédie que vit
le peuple sahraoui. [photos]
A partir du mois d'octobre, 30ème anniversaire du début
de l'invasion marocaine, jusqu'à février 2006
(30ème anniversaire de la RASD), il y aura tous les mois une
manifestation publique en Italie.
Sydney
L'Association australienne de solidarité avec le peuple
sahraoui (AWSA) a organisé, le 20 octobre en face du Parlement
de New South Wales (NSW-Australie), une manifestation de
solidarité avec le peuple sahraoui, dénonçant
les violations marocaines des droits de l'homme dans les territoires
occupés et soutenant le droit à l'indépendance
du Sahara Occidental
MADRID, SÁBADO 22 OCTUBRE, PRESENTACION DEL LIBRO SAHARA OCCIDENTAL, ¿HASTA CUANDO? de la Asoc.de Familiares de Presos y Desaparecidos Saharauis (AFAPREDESA)
22.10.05
Comune di Sala Bolognese, IDENTITA' E NAZIONE:
LA REPUBBLICA ARABA SAHARAWI DEMOCRATICA, Conferenza , Mostra,
film
EM BREVE
Rome 28 - 29
octobre 2005
Conférence syndicale de solidarité avec le Sahara
Occidental: "Le futur du Sahara Occidental". Org: CGIL, CISL,
UIL
Ravenna, 5-12
Novembre 2005, DONNE SAHRAWI, VOCI DAL DESERTO
Mostre, libri, spettacoli, cinema, fiabe, incontri e dibattiti
dedicati al popolo Sahrawi
Ivry sur Seine, 06.11.05, JOURNEE DE SOLIDARITE ET D'AMITIE AVEC LE PEUPLE SAHRAOUI EN LUTTE de 15h à 21h Salle Voltaire, place Voltaire (derrière la médiathèque d'Ivry sur Seine) (métro : Mairie d'Ivry, ligne 7 terminus)
MADRID : 11 Y
12 DE NOVIEMBRE 2005 - 30 AÑOS BASTAN
CONFERENCIA INTERNACIONAL - MARCHA POR LA LIBERTAD DEL PUEBLO
SAHARAUI
Manifestación para denunciar los Acuerdos tripartitos de hace
30 años entre España, Marruecos y Mauritania sobre el
Sáhara.
--> PROGRAMA
[doc Word]
--> DECLARACION
DE MADRID [PDF]
FESTIVAL DE
CULTURA SAHARAUI 2005 Campamentos de refugiados saharauis, 23, 24 y
25 de noviembre
vuelo Barajas-Tinduf-Barajas Fecha de salida: domingo, 20 noviembre a
las 23,30h. fecha de regreso: domingo, 27 noviembre a las 23,00h
Info: Mohamed Ali Ali Salem, Responsable de Cultura,
Delegación Saharaui para España, Móvil: 690 85
72 78 Fax: 949887552 Email: saharacultura[at]yahoo.es
INTERNET
NOVAS
PUBLICAÇÕES
[É
possível que existam links com diversos jornais que deixem de
estar em funcionamento ao fim de alguns dias]
Français
>> Revue de la presse internationale francophone http://fr.groups.yahoo.com/group/revue-de-presse-sahara-occidental/messages
English
English publications on Sahara Update mailinglist: http://groups.yahoo.com/group/Sahara-update/messages
Castellano
Revista de la prensa en español http://es.groups.yahoo.com/group/revista-de-prensa-sahara-occidental/messages
Italiano
Deutsch
Suomi: