ACTUALIDADES SEMANAIS |
13.-19.10.2002
- RASD
- TERRITÓRIOS OCUPADOS
- MARROCOS
- SOLIDARIEDADE
- EM BREVE
- INTERNET
- NOVAS PUBLICAÇÕES
RASD
12-15.10.02
o 11.º Festival da Cultura e Artes Populares realizou-se na
wilaya de Dakhla na presença de vários membros do
Secretariado Nacional, Governo, Conselho Nacional (Parlamento) e
Conselho Consultivo. O Festival, que coincide com o 27.º
aniversário da Unidade Nacional, proclamada a 12 de Outubro de
1975, em Ain Ben Tili, decorreu durante quatro dias, durante os quais
actuaram muitos grupos artísticos e folclóricos. O
Festival homenageou Mohamed-Fadel Ismail, intelectual e diplomata
saharaui falecido em Maio passado, em Londres. O presidente da
República, Mohamed Abdelaziz, acompanhado por vários
elementos da direcção política, inaugurou um
campo agrícola de produção de legumes de 12
hectares, financiado pela província da Extremadura (Espanha),
que utiliza a técnica de irrigação gota a gota.
O chefe do Estado inaugurou igualmente um sistema de conduta de
água potável a duas dairas da wilaya, inteiramente
realizado pela iniciativa civil saharaui. Duas
exposições de artesanato puderam igualmente ser vistas
e visitadas. (SPS)
13.10.02
Cinco atletas saharauis participaram na Maratona de Munique. Mohamed Salem Brahim Breih, foi o melhor classificado, tendo concluído a prova em 74.º lugar, percorrendo os 42 quilómetros em 2 h 56 minutos. Os restantes atletas saharauis concluíram o percurso com escassos minutos de intervalo. (SPS)
TERRITÓRIOS OCUPADOS
16.10.02
Processo em El Ayoun
Ao fim de uma audiência que durou muitas horas, o tribunal de
El Ayoun absolveu e libertou Abdessalam Eddymaoui. Assistiram ao
julgamento vários observadores em representação
de organizações de defesa dos direitos humanos e um
jornalista estrangeiro. Membro da secção saharaui do
Forum Vérité et Justice, Eddymaoui foi preso a 28.08.02
em Goulimine, acusado de ter organizado as
manifestações de Smara de Novembro de 2001.
Perante o tribunal, Eddymaoui declarou que a sua detenção insere-se no quadro das intimidações perpetradas pelo Estado marroquino contra os defensores dos Direitos do Homem saharauis, a fim de os reduzir ao silêncio. Afirmou a sua determinação em continuar, sem esmorecimentos, as suas actividades de defesa dos direitos humanos no Sahara Ocidental juntamente com os seus camaradas, até ao estabelecimento da verdade. Eddymaoui enumerou as violações cometidas, como o rapto de saharauis, de todas as gerações: homens, mulheres, mesmo grávidas, etc., o enterramento de saharauis vivos em fossas comuns, a morte de muitos saharauis lançados a partir de helicópteros das forças armadas marroquinas, as centenas de desaparições forçadas, a tortura bárbara, etc.» Eddymaoui evocou igualmente perante o tribunal as intimidações sofridas pelos defensores dos direitos do homem saharauis, em particular os militantes do FVJSAH: "despedimento, desterro, congelamento do salário, prisão, , etc".(corr.)
17.10.02
Agadir: processo de recurso
O processo de recurso de Ali Salem Tamek, membro do conselho nacional
da organização Forum Vérité et Justice e
do executivo da secção do Sahara, decorreu na
presença de muita gente vinda das zonas ocupadas, a que se
juntaram estudantes saharauis em universidades marroquinas e
observadores estrangeiros. No seu depoimento, Tamek negou qualquer
ligação com a rede da Frente Polisario. Enumerando em
detalhe os atentados quotidianos aos direitos humanos no Sahara
Ocidental, justificou o seu empenhamento na defesa dos direitos do
homem e na luta pela autodeterminação do seu povo. O
procurador geral, em lugar de discorrer sobre os temas chave da
acusação, preferiu lançar-se na apologia da
integridade territorial de Marrocos. Os advogados de defesa do
réu, entre eles o próprio presidente do Forum
Vérité et Justice, Mohammed Sabbar, demonstraram que as
acusações não tinham fundamento. O julgamento
foi adiado para o dia 24 de Outubro.
Ali Salem Tamek, preso a 26 de Agosto, em Rabat, foi considerado culpado de atentado à segurança do Estado e condenado a 10.09.02 pelo tribunal de primeira instância de Agadir a dois anos de prisão efectiva, e ao pagamento de uma multa de 10'000 DH.(corr.) (ver também semana 35)
MARROCOS
14-17.10.02
Visita do rei de Marrocos à Rússia
O rei de Marrocos esperava que da sua visita oficial à
Rússia pudesse resultar uma alteração da
posição da Federação Russa sobre a
questão do Sahara. Na véspera da chegada de Mohamed VI,
o porta-voz do ministério russo dos Negócios
Estrangeiros declarava: «... é necessário resolver
(o problema do Sahara Ocidental) através de métodos
políticos e diplomáticos, apoiar os esforços
desenvolvidos sob a égide da ONU com vista à
resolução deste velho conflito, e em primeiro lugar
apoiar o plano de paz da ONU. Ao mesmo tempo, estamos prontos a
examinar outras alternativas de resolução
política deste problema. desde que aceites de bom grado pelas
partes deste conflito.»
No decurso da visita foi firmado um acordo de
cooperação em matéria de pesca entre os dois
países, que substitui o anterior, que expirara em 31 de
Dezembro de 1999. O novo acordo permite a constituição
de sociedades mistas para pescar nas águas marroquinas e
saharauis. Ao assinar este acordo, Marrocos rompe com a sua
política em matéria de pesca, que consistia em
não permitir que barcos estrangeiros pescassem em águas
marroquino-saharauis. Foi esta estratégia que levou à
não renovação do acordo de pesca com a
União Europeia. (agências)
16.10.02
Forças Armadas marroquinas
Um comité de acção de oficiais livres das
Forças Armadas marroquinas, criado recentemente, denuncia em
comunicado a corrupção na instituição.
Segundo exilados marroquinos em França, trata-se de jovens
oficiais a prestar serviço militar no Sahara Ocidental. Os
signatários do comunicado denunciam "o poder dos generais no
activo e de certos oficiais superiores" que saqueiam "dos
orçamentos dos diferentes corpos das forças armadas
(...) em detrimento das tropas e dos homens que vêm sentindo
uma constante deterioração do seu nível de vida
nas casernas". O movimento ameaça "passar à
acção directa" e pede ao rei que escute as suas
reivindicações, entre as quais, a passagem à
reservas dos actuais chefes militares, um controle das despesas
sociais dos três ramos das forças armadas e a
libertação dos oficiais condenados por terem denunciado
a corrupção nas suas unidades.
(agências)
10.10.02
Política marroquina: a análise de Ahmed Benani
«Sob Hassan II, havia um Driss Basri ministro todo poderoso de
tudo, Mohamed VI escolhe um outro Driss do Interior para gerir uma
neo-autocracia. Menos de duas semanas após o escrutínio
de 27 de Setembro, um ministro designado pelo rei, Driss Jettou,
é escolhido para dirigir o futuro governo marroquino. Que nos
seja permitido levantar o véu da opacidade que envolve a
política de Mohamed VI. A farsa eleitoral já terminou.
O escrutínio de 27 de Setembro de 2002 não passava de
um referendo. Eis-nos agora num estado de excepção que
não quer revelar o seu nome. A transparência e a
democracia esperadas foram parar não se sabe aonde. Cerca de
60% dos eleitores voltaram costas às urnas, as emendas do
código eleitoral introduziram a paridade entre partidos
tradicionais. Os islamistas do PJD recusam qualquer aliança
para um governo de coligação. Ao nomear Driss Jettou,
um ministro de designação real, o palácio retoma
a iniciativa e vai dirigir de facto o país. (Åc) Mohamed
VI reina e governa sob a sua tutela. O parlamento está a
partir de agora reduzido ao imobilismo pela
neutralização respectiva das oposições,
direita, centro, esquerda e islâmica. A oposição
real está em vias de constituir um partido político,
essa é a ambição declarada de 'Al Adl Wal
Ihssan. Marrocos está pronto a todas as derivas, não
sendo a islâmica a menor. A termo, o poder está pois
nas mãos daqueles que não foram sancionados
eleitoralmente. Mas o que será o amanhã? Quando as
elites deixarem de criticar à porta fechada e a rua vier
expressar a sua cólera?»
SOLIDARIEDADE
14.10.02
Foi inaugurada na capital dinamarquesa uma exposiçâo de fotografias sobre a luta do povo saharaui sob o título «A última colónia em África». A exposição foi organizada pela representação saharaui na Dinamarca e uma ONG dinamarquesa. (SPS)
EM BREVE
Vuelo a los campamentos: Barcelona - Tindouf: 04.12 - 08.12.02 o 05.12-09.12.02. Info: ACAPS Vilanova y Geltru, afont@pie.xtec.es
INTERNET
OPINION
Moisés Benevolencia Divina: profeta del siglo XXI, Luis Hernández Rocha
NOVAS
PUBLICAÇÕES
[É
possível que existam links com diversos jornais que deixem de
estar em funcionamento ao fim de alguns dias]
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