ACTUALIDADES SEMANAIS |
09.-15.09. 2001
09.09.01: A assembleia constitutiva do «Comité de acção pela libertação de M.Daddach e de todos os presos políticos saharauis» realizou-se em El Ayoun, agrupando o conjunto dos militantes que lutam em prol da defesa dos direitos do homem no Sahara Ocidental. O secretariado é composto por 15 membros, todos eles antigos presos-desaparecidos ou pertencendo às famílias de presos e de desaparecidos saharauis. O Bureau Europeu pelo Respeito dos Direitos do Homem no Sahara Ocidental (BERDHSO) dirigiu-se em directo por telefone à assembleia transmitindo-lhe o seu total apoio. (Comunicado)
Por outo lado, é cada vez maior o número de presos políticos saharauis que se juntam à acção de protesto. Actualmente, mais de duas dezenas realizam greves da fome em dias determinados nas prisões de Marraqueche, El Ayoun e Kénitra.
A ONG Hourriya/Liberté, de Paris, apoia a campanha iniciada pelo Bureau Europeu pelo Respeito dos Direitos do Homem no Sahara Ocidental a favor de Mohamed Daddach e de outros 25 presos saharauis condenados por tribunais marroquinos.
A
campanha de recolha de assinaturas pela libertação dos
presos políticos prossegue.
É possível firmar o APELO on-line (em francês,
italiano,
espanhol
e inglês)
ou imprimir formulários para a recolha de assinaturas ( em
francês,
italiano,
espanhol
e inglês
)
07.09.01
Uganda
O Uganda acreditou Fadel Ismaïl como novo embaixador da RASD em
Kampala.
08.09.01
Marrocos
O semanário marroquino Demain Magazine publicou uma
análise de Driss Basri (o tristemente célebre ministro
do Interior deposto pelo actual rei Mohamed VI) sobre o conflito do
Sahara Ocidental. O texto foi escrito a pedido do quotidiano
francês Le Monde na sequência da aprovação
da resolução do Conselho de Segurança em final
de Junho último. Contudo, a proximidade da
proclamação do discurso do trono por parte de Mohamed
VI, levou o antigo ministro do Interior a solicitar o adiamento da
sua publicação, a qual, com efeito, não viria a
ter lugar. Recorde-se que recentemente o rei afirmava que o
acordo-quadro havia «resolvido» a questão do Sahara
Ocidental. Basri, em carta enviada ao Demain, declarou que a
publicação do seu artigo se tinha efectuado sem a sua
autorização.
Em análise detalhada ao longo do seu artigo, Basri critica
fundamentalmente o projecto de acordo-quadro, o qual não
é mais do que um projecto de Marrocos. Considera a proposta da
ONU como um primeiro passo em direcção à
independência do Sahara e uma ameaça à
integridade territorial de Marrocos. Segundo Basri, o projecto da ONU
«inscreve-se numa perspectiva de independência do
território », sendo a autonomia não mais do que
uma etapa anterior. Sublinha que esta autonomia ultrapassa em muito a
regionalização e chama a atenção parara o
facto de, ao receber o apadrinhamento internacional (nomeadamente
através da França e dos EUA) ela constitui um grave
perigo à unidade territorial da nação
marroquina. Fala de «ingerência flagrante»,
considerando que mais de um terço de Marrocos passará a
estar sob vigilância estrangeira. Basri enfatiza, por
último, que «a nova iniciativa da ONU parece contrariar
de forma grave o espírito e a letra da carta (da
ONU)».
Esta tomada de posição foi completamente ocultada em
Marrocos, onde a discussão desta questão essencial para
o futuro do país continua a não ser possível. (
texto
original
em francês)
09.09.01
Conselho de ministros da Liga Árabe
Amr Moussa, secretário-geral da Liga Árabe, evocou a
questão do Sahara Ocidental no seu relatório, o que
suscitou o protesto da delegação marroquina. A referida
passagem acabaria por ser suprimida do relatório
final.
SOLIDARIEDADE
13.09.01: Loja (povoação da Andaluzia) geminou-se com Oum Dreiga.
INTERNET
Poemário por um Sahara livre, informações actuais, culturais, música e poesia do Sahara Ocidental, na Rádio Resistência, Madrid 101 FM, terça-feira das 20 à 21h e sexta-feira das 17 às 18h. Na internet : http://www.radioresistencia.cjb.net
EM BREVE
17.09.01, Rabat, Marrocos: 36 dirigentes e membros da Associação Marroquina dos Direitos Humanos, do Forum Vérité et Justice, do Comité de Coordenação dos Saharauis Vítimas de Desaparecimento Forçado e membros das famílias de presos políticos irão ser apresentados perante o Tribunal de Apelação de Rabat. O Tribunal de Primeira Instância de Rabat sentenciou contra cada um deles, no passado dia 16 de Maio, condenações de 3 meses de prisão e 3.000 dirhams de coima. A Associação Marroquina dos Direitos Humanos, que comparecerá perante o Tribunal de Apelação de Rabat a 17 de Setembro, pelas 9 horas da manhã, considera que este processo não teria lugar se o Estado marroquino respeitasse os Direitos Humanos e os seus compromissos face à Declaração Internacional da Protecção dos Defensores dos Direitos Humanos. A Associação reclama o termo das perseguições arbitrárias, a apresentação à justiça dos verdadeiros criminosos, autores das graves violações dos direitos humanos que Marrocos conhece desde há mais de 40 anos. (comunicado AMDH de 12.09.01)
NOVAS
PUBLICAÇÕES
[É
possível que existam links com diversos jornais que deixem de
estar em funcionamento ao fim de alguns dias]
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