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28.10.00
Suíça
Por ocasião da visita oficial que realizou à
Suíça, o ministro dos Negócios Estrangeiros
argelino abordou com o seu homólogo suíço a
situação no Magrebe árabe e a
aplicação do plano de paz da ONU para o Sahara
Ocidental.
26/27.10.00
Assassinato
O corpo sem vida do jovem saharaui Cherif Bamba Ghaylani foi
encontrado no dia 26 de Outubro, próximo de Dakhla numa tenda
de um colono marroquino, informou a SPS (Segundo a AFAPREDESA, o
corpo terá sido encontrado no dia 27, numa praia). Cherif
terá sido espancado na cabeça com um objecto
pontiagudo.
Antes do enterro, a família do jovem expôs o
caixão diante da câmara municipal, protestando contra a
passividade das autoridades e exigindo um inquérito sobre as
circunstâncias do assassinato. Várias centenas de
pessoas participaram na manifestação.
A autoridades de Rabat enviaram para a cidade um médico
legista, que se recusou a informar a família sobre os
resultados da autópsia, bem como um inspector da DST
(Direcção da Segurança do Território).
Este indivíduo pretendeu fazer crer que Cherif Bamba teria
estado implicado no assassianto de um jovem marroquino, sobrinho do
general da polícia de Dakhla.
O pai da vítima, Bamba Ghaylani, foi igualmente asassinado em
Agosto deste ano. Desaparecido em 1976, passou 5 anos no campo de
detenção de Kalaât-M'gouna antes de Ter sido
libertado. A AFAPREDESA (Associação dos Familiares dos
Presos e Desaparecidos Saharauis) pensa tratar-se de uma
acção premeditada visando eliminar fisicamente todos
aqueles que se opõem à "marroquinização"
forçada do Sahara Ocidental. (SPS, AFAPREDESA)
26.10.00
Desaparecimento
A AFAPREDESA noticia que dois jovens saharauis residentes em El
Ayoun, Embarek Mahdi El-Hafed e o seu amigo Faraji, foram agredidos
por colonos marroquinos tendo ficado gravemente feridos. A
polícia, avisada pelos vizinhos, interveio mas para ajudar os
colonos, tendo levado Embarek Mahdi para lugar desconhecido e
ameaçado da mesma sorte todos os membros da sua família
que vieram averiguar do seu paradeiro. Ao denunciar estas
violações dos direitos humanos contra os
cidadãos saharauis, a AFAPREDESA apela a que se escrevam
cartas de protesto ao rei de Marrocos, ao presidente do governo
espanhol José Maria Aznar, a James Baker e a W. Eagleton.
(AFAPREDESA)
31.10.00
Diplomacia
Se Marrocos não impuser condições
prévias, a Nigéria está pronta a jogar um papel
de mediador entre Marrocos e a Frente Polisario, declarou o ministro
dos Negócios Estrangeiros nigeriano. A Nigéria
não está, no entanto, a considerar a possibilidade de
reconhecer a RASD como parte integrante de Marrocos. O MNE nigeriano,
Sule Lamido, foi recebido pelo rei de Marrocos, em Casablanca, no
passado dia 16 de Outubro, juntamente com o seu homólogo
sul-africano. (SPS)
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino,
Benaïssa, deslocou-se no dia 1de Novembro a Abuja, onde foi
recebido pelo presidente da Nigéria.
30.10.00
Resolução do Conselho de Segurança S/RES/1324
(2000)
Numa resolução adoptada por unanimidade, o Conselho de
Segurança "decide prolongar o mandato da MINURSO até 28
de Fevereiro de 2001 na esperança de que, sob os
auspícios do Enviado pessoal do secretário-geral, a
partes continuem a tentar resolver os múltiplos problemas com
que se confronta a aplicação do plano de
resolução e procurem pôr-se de acordo sobre uma
resolução política mutuamente aceitável
para o seu diferendo em relação ao tema do Sahara
Ocidental."
31.10.00
Reacção
A Frente Polisario acolhe com satisfação o facto de o
Conselho de Segurança considerar, na sua
resolução, que as duas partes devem "tentar
pôr-se de acordo de acordo sobre uma resolução
política mutuamente aceitável". Esta
posição, segundo o representante da Frente Polisario
junto da ONU, Ahmed Boukhari, põe limites às
ambições marroquinas, ao estabelecer que "todas as
alternativas ao referendo devem ser aceites pelas duas partes e
não apenas por uma."
A Frente Polisario pensa no entanto que a posição de
Kofi Annan afastou-se do plano de resolução. Em
declarações à agência de notícias
EFE, Ahmed Boukhari declarou que "a falta de tacto da ONU" na
gestão do conflito do Sahara Ocidental "faz aumentar o risco
de uma nova confrontação militar". Acrescentou ainda
que Kofi Annan "dá mais importância à procura de
uma solução política que ao seu próprio
plano de resolução." Boukhari qualificou esta
alternativa de "solução política como
gastronomia marroquina e um chefe de cozinha norte-americano".
"É um prato que os saharauis não estão dispostos
a comer", acrescentou Boukhari, para quem a ONU "perde toda a
credibilidade (..), ao deixar Marrocos fazer e desfazer".
(El Mundo)
31.10.00
Venezuela
Em carta enviada ao presidente argelino, o presidente da Venezuela
exprime a sua "profunda convicção de que o povo
saharaui deve decidir o seu próprio destino." (...) "As
implicações de um fracasso do plano de paz seriam
graves tanto para a credibilidade da ONU como para a estabilidade da
região", acrescentou. (SPS)
NOVO NA INTERNET
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