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França
Memorando SFO
Num memorandum (em francês) dirigido às autoridades francesas, a
secção francesa do Observatório internacional do
Referendo no Sahara Ocidental, SFO, pede-lhes para que abandonem o
seu "papel de apoio incondicional" a Marrocos, o que ajudaria este
país "a sair de um isolamento que lhe é
desfavorável". Perante o risco de congelamento do processo de
autodeterminação e de um retomar dos combates, a SFO
pede à França que se empenhe na paz, que promova uma
ajuda económica maciça por parte da UE e dos EUA aos
Estados do Magrebe e uma assistência técnica e
económica à reconversão dos militares
marroquinos.
21.09.00
Sahara Ocidental ocupado
Concentração por parte de uma centena de estudantes e
jovens licenciados saharauis no desemprego diante da sede da OADP, em
El Ayoun, protestando contra a deslocação
forçada para Marrocos de jovens saharauis.
23.09.00
Solidariedade
A 'task force' dos comités europeus de apoio ao povo saharaui,
reunida em Paris, dirigiu uma carta aos embaixadores Baker e
Eagleton, assim como ao SG das Nações Unidas, lembrando
o direito inalienável dos Saharauis a um referendo de
autodeterminação. A senhora S. Benhabyles, presidente
'Rassemblement Algérien de Soutien au Peuple Sahraoui',
presente ao encontro, defendeu uma melhor coordenação
dos comités de apoio europeus com a África e o
Médio Oriente.
23-26.09.00
Referendo
Vários países manifestaram o seu apoio ao plano de paz
ONU/OUA e ao direito do povo saharaui à
autodeterminação na sequência da visita de
vários diplomatas saharauis. Entre eles contam-se: o Vietname,
Jamaica, Benin, Venezuela, Panamá, Uruguai, Zimbabwé,
Seychelles, Colômbia, Ruanda, Burundi, Chile, Santa
Lúcia, Costa Rica, Malawi, Maurícias, Equador,
Angola.
Na mesma ofensiva diplomática por parte da RASD, Omar Mansour,
ministro da Saúde Pública saharaui, entregou às
autoridades mauritanas uma mensagem pessoal do presidente Mohamed
Abdelaziz dirigida ao presidente mauritano Mouaaya ould Taya.
(SPS )
24.09.00
Argélia - África do Sul
Em visita oficial à Argélia, o presidente da
África do Sul abordou o conflito do Sahara Ocidental com o seu
homólogo argelino. Os dois chefes de Estado reafirmaram o seu
apoio ao plano de paz das Nações Unidas e aos acordos
de Houston e manifestaram o empenhamento dos seus respectivos
países na defesa da aplicação do plano de paz e
do direito dos saharauis à autodeterminação.
25.09.00
Sahara Ocidental ocupado
Intensificação da presença militar marroquina em
El Ayoun, em particular entre os dias 19 e 23 de Setembro, dias em
que ocorreram as grandes manifestações de protesto de
1999, e no bairro de Hay Maatallah, onde a maioria de habitantes
são saharauis.
25-26-27-28.09.00
Comissão das questões políticas especiais e de
descolonização da ONU (4.ª Comissão)
Os debates sobre a questão do Sahara Ocidental foram abertos
com as intervenções dos representantes da
Argélia e de Marrocos. Afirmando este que o Sahara Ocidental
não se trata de uma questão de
descolonização. Os representantes de Madagáscar,
da Tanzânia e do Ghana intervieram defendendo a
realização rápida do plano de paz das
Nações Unidas. Os peticionários que a seguir se
referem pronunciaram-se no mesmo sentido:
A 28 de Setembro, tomaram a palavra as seguintes personalidades:
Marrocos apresentou 6
peticionários:
Richard Cazenave, do grupo de estudos parlamentares sobre os direitos
do Homem da Assembleia Nacional francesa, Gajmoula Ebbi, Gaoutah
Mohamed Ahmed Baba, Mohamed Salem Ali Omar Bahia, Ahmed Chrif, quatro
trânsfugas da POLISARIO, e Akmer Ali Thobhani, do Metropolitan
State College de Denver, autor de um estudo sobre o Sahara
Ocidental.
Os comunicados de imprensa das
Nações Unidas dão conta, de forma detalhada, dos
debates:
em francês: 26.09.00 Comunicado
de Imprenda CPSD/191 ;
27.09.00, Comunicado
de Imprenda CPSD/192 ;
28.09.00, Comunicado
de Imprenda CPSD/193 :
29.09.00, Comunicado
de Imprenda CPSD/194
em inglês: 26.09.00, Press
Release GA/SPD/183;
27.09.00, Press
Release GA/SPD/184;
28.09.00, Press
Release, GA/SPD/185 (revised); 29.09.00, Press
Release, GA/SPD/186
Marrocos
O processo de 14 estudantes saharauis, presos no dia 17 de Maio, em
Marraqueche, no seguimento de distúrbios em torno da
Universidade Souissi II (semana 20), foi retomado no dia 26 de Outubro.
Segundo o L'Economiste (diário marroquino) os acusados
incorrem em penas que poderão ir até à pena
capital. (Revista de
imprensa da embaixada de França em Rabat)
28.09.00
O governo mauritano concedeu à sociedade australiana Ashton
West Africa Property Limited uma autorização de
prospecção de diamantes na zona de Ain Ben Tili, junto
à fronteira com o Sahara Ocidental. (ami)
28.09.00
Berlim: negociações marroquino-saharauis
As delegações das duas partes em conflito, a de
Marrocos dirigida pelo ministro de negócios Estrngeiros
Mohamed Benaïssa e a da Frente Polisario conduzida por Mahfoud
Ali Beiba, reuniram-se sob os auspícios de James Baker na sede
do Ministérios dos Negócios Estrangeiros alemão.
A reunião que, segundo a ONU, teria como objecto "examinar as
múltiplas questões ligadas à
aplicação do Plano de resolução na
região" terminou no final da tarde sem quaisquer
resultados.
Enquanto que a delegação da Frente Polisario se
apresentava para discutir todos os problemas que entravam a
aplicação do plano, Marrocos recusou-se a abordar os
aspectos concretos que estão na origem do bloqueio actual
(recursos, repatriamento, etc.).
Pondo em causa o próprio processo referendário
após nove anos de esforços e recursos despendidos,
Marrocos propõe-se negociar directamente com a Frente
Polisario uma solução política para o Sahara
Ocidental, num "diálogo sincero e franco", na
condição de que ele se inscreva "no respeito da sua
soberania nacional e integridade territorial ".
No termo da reunião, o ministério da
Informação da RASD, em comunicado (em francês), reafirmou o "seu pleno apoio ao plano de
paz e a sua disponibilidade em participar em
negociações com Marrocos sob os auspícios das
Nações Unidas sobre todos os problemas que entravem a
aplicação do plano de resolução, com
vista a um referendo justo e livre no Sahara Ocidental". Para a
Frente Polisario a proposta marroquina é uma tentativa de
enterrar o processo de paz da ONU. "Marrocos é o único
responsável pelo bloqueio actual e assumirá sozinho as
consequências que poderão decorrer para a paz e a
estabilidade na região ", concluiu o comunicado.
Por seu lado, o SG da ONU confirmou que "encontro de ontem entre os
representantes de Marrocos e da Frente Polisario sobre a
questão do Sahara Ocidental não permitiu chegar a
resultados". Kofi Annan precisou que espera as
recomendações do embaixador James Baker quanto à
utilidade de uma nova reunião.
NOVAS PUBLICAÇÕES
[É possível que
existam links com diversos jornais que deixem de estar em
funcionamento ao fim de alguns dias]
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