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20.06.00
Julgamento
O tribunal da relação de Marraqueche condenou o jovem
saharaui Rajaa Brahim a cinco anos de prisão efectiva, por
ter incendiado uma viatura da administração marroquina
quando dos incidentes de 17 de Maio passado. Os pais do acusado
não puderam assistir ao julgamento nem visitar o filho
durante o período de detenção
provisória, que se prolongou por mais de um mês e
durante o qual ele foi sujeito e torturas físicas e morais
(SPS).
21.06.00
Direitos humanos
Coincidindo com a visita do rei de Marrocos ao país, a
Amnesty International dos EUA pediu instantemente ao governo de
Marrocos que efectuasse investigações aturadas e
encontrasse indemnizações adequadas para todas as
vítimas de desaparecimento forçado ou
detenção arbitrria assim como para suas
famílias, incluindo as centenas de saharauis, cujos processos
não foram reconhecidos pelas autoridades marroquinas.
22.06.00
Congresso norte-americano
Discursando perante o Congresso, M. Pitts tornou pública uma
carta dirigida ao presidente Clinton, subscrita por 22 membros do
Congresso, que insiste sobre a necessidade do respeito pelo plano de
paz da ONU e apela ao chefe de Estado norte-americano que recorde ao
rei de Marrocos em vista aos EUA o seu compromisso perante o
referendo. Esta iniciativa dos congressistas é motivada pela
posição da França e dos EUA nos Conselho de
Segurança favorecendo o abandono do plano de
resolução.
22.06.00
Senado norte-americano
Vrios senadores norte-americanos dirigiram uma petição
ao Presidente Clinton, solicitando que os EUA joguem um papel
construtivo a fim de evitar o retomar das hostilidades no Sahara
Ocidental, ao mesmo tempo que declaram que o a solução
do conflito passa por um referendo que contribuir para a
estabilização e o desenvolvimento de Marrocos.
22.06.00
Senador Kennedy
Numa declaração distribuída à imprensa
após o encontro que manteve com o rei de Marrocos, o senador
Edward Kennedy declara que o referendo deve ter lugar o mais
depressa possível. Ela atribui os atrasos do processo em
primeiro lugar ao governo marroquino e deplora que Marrocos perca a
sua credibilidade procurando subtrair-se à legalidade
internacional.
26.06.00
Direitos humanos
Os três jovens saharauis condenados em Agadir foram julgados
após terem apresentado recurso. A sentença ser tornada
pública no dia 3 de Julho. A Federação
Internacional dos Direitos do Homem (FIDH) havia mandatado a senhora
Dominique Noguère como observadora. O Comité dos
Direitos do Homem (CDDH - Marraqueche) e a Organização
Marroquina dos Direitos do Homem (OMDH) enviaram, cada uma, uma
observador.
Os detidos continuam encarcerados na prisão civil de
Inezgane, junto de Agadir, juntamente com presos de delito comum. As
condições de detenção são muito
duras.
26.06.00
Índia
A Índia, que reconheceu a RASD no dia 01.10.85, retirou o seu
reconhecimento da República Saharaui, declarando que segue a
evolução da situação, apoia a
aplicação do plano de resolução da ONU e
conserva contactos amigveis com todas as partes implicadas.
26-29.06.00
Austrlia
Por altura do congresso que realizou recentemente, o Conselho de
Sindicatos adoptou uma resolução de apoio à
luta pela independência do povo saharaui e a um referendo
livre e regular, conforme as resoluções das
Nações Unidas.
27.06.00
Marrocos
O primeiro-ministro marroquino, El Youssoufi, avistou-se em Genebra
com o Alto Comissrio das Nações Unidas para os
Refugiados, a senhora Sadako Ogata. El Youssoufi encontrou-se
igualmente com o presidente do Comité Internacional da Cruz
Vermelha (CICV), Jakob Kellenberger, com quem abordou a
questão dos prisioneiros marroquinos detidos pela Frente
Polisario. (agências)
28.06.00
Negociações de Londres II
As negociações entre Marrocos e a Frente Polisario,
sob os auspícios de James Baker, tiveram lugar na
residência privada do ministro dos Negócios
Estrangeiros britânico, Robin Cook. As
delegações presentes eram compostas pelos mesmos
elementos que haviam participado no encontro de 14 de Maio, com a
diferença de que, desta vez, os delegados marroquinos
ex-membros da Polisario não foram admitidos nos debates. As
conversações, que se centraram nas propostas de cada
uma das partes com vista a ultrapassar os obstculos do plano de paz,
duraram quatro horas. Foram qualificadas de "francas" pelo porta-voz
da ONU. James Baker ter reafirmado "que não se trata de matar
o plano de paz ou de que este seja posto de lado", segundo a aps. A
Frente Polisario entregou um memorandum a Baker, clarificando a sua
posição sobre todos os aspectos em litígio e
reiterando a sua vontade de plenamente cooperar para uma
solução do conflito no quadro do plano de
resolução.
"Tivemos discussões profundas mas nenhum progresso
substancial foi alcançado ", declarou Brahim Ghali,
representante da Polisario na Espanha, citado pela afp. "Discutimos os aspectos que impedem a
aplicação do plano de paz, mas nenhum avanço de
fundo foi conseguido", confirmou Mahfoud Ali Beiba. O chefe da
delegação saharaui declarou ainda que «um outro
encontro ter lugar em Setembro, em Londres, ao mesmo nível do
realizado agora». Acrescentou que "pusemo-nos de acordo em
organizar reuniões técnicas em Julho e Agosto ».
(afp)
Brahim Mokhtar, representante da Polisario em Londres, declarava
à radio argelina: «Não considero este encontro
como um fracasso, como o realizado em Maio passado. Mas antes como
um passo com vista à aplicação do plano de
paz». Um eventual abandono do plano de paz - a denominada
terceira via - não foi abordado durante as
conversações.
Links:
EM BREVE
Alemanha, Hamburgo, 02.07.-01.10.00:
"Söhne und Töchter der Wolken, Vertreibung und Exil in der
Westsahara" (Filhos e filhas das nuvens, Sahara Ocidental: fuga e
exílio)
O museu etnológico abre as portas a um evento fora do comum:
uma fiel reconstituição duma parte dos campos de
refugiados no deserto argelino. Os visitante podem aí tomar
conhecimento com um povo que vive h 25 anos no exílio,
lutando pelo seu direito à autodeterminação. A
exposição, organizada pelo comité de apoio
alemão que contou com a colaboração de diversos
etnólogos, ser pontuada ao longo de todo o Verão com
diversas manifestações culturais (concerto do grupo
musical El Ouali, filmes, confêrencias-debates) e actividades
diversas, como um atelier de teatro, visitas guiadas para diversas
escolas, assim como uma jornada de portas abertas com a
apresentação da cerimónia do ch,
demonstração de trabalho em couro,
ornamentações feitas com henna, assim como leitura de
vrios textos sobre o tema viver no deserto.
Morada: Museum f. Völkerkunde, D-Hamburg,
Rothenbaumchaussée 64, Di-So 10-18 Uhr, Do 10-21 Uhr, Kontakt
Tel: ++49 (0) 40 42 848 25 24, Fax ++49 (0) 40 42 848 22 42.
NOVO NA INTERNET
NOVAS PUBLICAÇÕES
[É possível que
existam links com diversos jornais que deixem de estar em
funcionamento ao fim de alguns dias]
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Das Schicksal der Sahrauis, Herrndorf Ursula, Hamburger Abendblatt, Beilage Juni 20