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13-19.01.00
Itlia
O presidente saharaui participou no congresso do Partido da Esquerda
Democrtica (DS), que se realizou em Turim, de 13 a 16 de Janeiro.
Mohamed Abdelaziz discursou perante o fórum de política
internacional para evocar a luta do povo saharaui. O dirigente
saharaui interpelou a Europa, convidando-a a dar um apoio «sem
ambiguidade» à aplicação do plano de
resolução. «Trata-se de impedir toda a iniciativa
que pretenda minar os esforços da comunidade internacional ou
que possa afectar a credibilidade das Nações
Unidas», declarou (SPS).
A delegação saharaui deslocou-se em seguida a Roma,
onde foi recebida a 19 pelo presidente do Conselho Regional, os
secretrio-gerais de diversos partidos e os presidentes das
Comissões dos Negócios Estrangeiros do Parlamento e do
Senado. Na ocasião, o presidente saharaui exortou uma vez mais
a Europa «a apoiar claramente (...) o referendo, que constitui o
quadro adequado para a solução pacífica e
democrtica» do conflito (ministério da Informação
saharaui).
15.01.00
Cimeira UE-OUA
«A vossa histórica decisão retirou o último
argumento a todos os que, de uma maneira ou de outra, pretenderam
sabotar um dilogo afro-europeu frutuoso e mutuamente
benéfico», respondeu Abdelaziz Bouteflika, presidente
argelino e actual presidente em exercício da OUA, ao
presidente saharaui, após a decisão unilateral da RASD
de não participar na cimeira UE-OUA (SPS).
16.01.00
Cimeira UE-OUA
O presidente argelino envia carta aos seus homólogos
africanos, anunciando-lhes a voluntria
«não-participação da RASD» na Cimeira
UE-OUA. Ao satisfazer uma das exigências da parte europeia,
escreve o presidente em exercício da OUA, a RASD deveria
esperar em troca «uma reafirmação do direito
à autodeterminação do povo saharaui e a
aplicação rpida e honesta dos acordos de Houston»
(APS).
17.01.00
Referendo
A MINURSO publica a segunda parte da lista de eleitores potenciais.
Dos 51'220 requerentes dos três grupo tribais "contestados",
2'130 pessoas foram reconhecidas como habilitadas a votar. Este
número, acrescentado à primeira lista de 84'251, d um
número total de votantes de 86'381, num universo de cerca de
200'000 requerentes.
A MINURSO abriu entretanto 14 centros para receber recursos.
17.01.00
Referendo: contra todo o adiamento
Comentando os resultados globais de identificação em
conferência de imprensa realizada em Argel, o ministro dos
Negócios estrangeiros saharaui alertou contra todo e qualquer
adiamento do referendo, precisando que a próxima
reunião do Conselho de Segurança, no mês de
Fevereiro, ser determinante: ou o Conselho decide a
realização do referendo num futuro próximo e
rejeita os bloqueios marroquinos, ou se verga perante Rabat e,
então, só restar uma saída ao povo saharaui: o
retomar da guerra.
18.01.00
Identificação: surpresa e decepção
Em comunicado tornado público, o governo marroquino d conta da
sua «surpresa e decepção». Põe em
dúvida a operação de identificação
que, em sua opinião, não teria respeitado «a
neutralidade, a objectividade e a equidade». O papel do
testemunho oral, em particular, teria sido «deturpado» e a
Frente Polisario «perturbado os trabalhos da comissão e
influenciado negativamente as deliberações».
Marrocos acha legítimo interpor os recursos e espera que as
Nações Unidas os tratem «com imparcialidade e
equidade», «a fim de restituir ao processo toda a sua
credibilidade».
Uma importante delegação, que integrava os ministros do
Interior, dos Negócios Estrangeiros, da Economia e das
Finanças, o ministro encarregado dos Assuntos do Magrebe, do
Mundo Árabe e Islâmico, o secretrio de estado do
Interior e outros altos responsveis nacionais e regionais,
deslocou-se a El Ayoun para uma manifestação de
desagravo à publicação da segunda lista
provisória de votantes.
Para os governantes marroquinos, os resultados da
operação de identificação
«não estão conformes com a realidade j que excluem
os cidadãos cujos familiares consentiram imensos
sacrifícios na defesa da sua ptria».
O ministro do Interior afirmou que «Marrocos não ir
aceitar um referendo sem a participação do conjunto de
cidadãos originrios das províncias do Sul, sem qualquer
tipo de exclusão», sublinhando que Marrocos est no seu
direito de reclamar que as Nações Unidas tomem em
consideração a pertença tribal, princípio
que segundo M. Midaoui, é consagrado pelo direito
internacional. «Se estes critérios não foram
respeitados, recusaremos a organização deste
consulta»
Para um outro ministro, a decisão da comissão de
identificação «constitui uma
aberração e revela um conluio flagrante entre a
comissão da ONU e os adversrios da integridade territorial de
Marrocos»
Outros oradores no comício solicitaram uma revisão do
modo de aplicação dos critérios de
identificação (Le Matin du Sahara, Rabat).
19.01.00
Reino Unido
O governo britânico autorizou em 1998 a
exportação de 3000 balas de borracha para a
polícia real marroquina. A Associação de
Solidariedade com o Povo Saharaui do Reino Unido, Western Sahara
Campaign, é de opinião que esta venda contraria o
código de conduta da União Europeia sobre a
exportação de armas.
20.01.00
RASD-ONU
O primeiro-ministro saharaui recebeu em audiência Youssef
Mahmoud, director da secção África no
serviço de Assuntos Políticos da ONU. Na
ocasião, Bouchraya Beyoun apelou ao «respeito pelos
prazos fixados» para a organização do referendo,
«a única escolha democrtica lógica». O
primeiro-ministro saharaui afirmou que os resultados das
operações de identificação
«são lógicos e confirmam a credibilidade da
posição defendida pela parte saharaui»
(SPS).
22.01.00
AFAPREDESA
A associação saharaui de defesa dos direitos humanos
condena «energicamente» em comunicado as
declarações do ministro do Interior marroquino, que
procura «desacreditar o intenso trabalho da comissão de
identificação da MINURSO, que concretiza as
resoluções da ONU e os acordos de Houston, subscritos
pelas duas partes em conflito».
NOVAS PUBLICAÇÕES
[É possível que existam links com diversos jornais que
deixem de estar em funcionamento ao fim de alguns dias]