SAHARA OCIDENTAL

ACTUALIDADES SEMANAIS 2005

original:frances

SEMANAS 21 - 22

22.05. - 04.06.05

 

RASD

20.05.05, Mensagem de Bouteflika por ocasião do 32.º aniversário da Frente POLISARIO
O Presidente argelino, na sua mensagem por ocasião do 32.º aniversário da criação da Frente Polisario, declara que «Argélia está determinada em trabalhar pela edificação de uma União forte [União do Magreb Árabe] para servir o conjunto dos povos da região, sem esquecer os seus princípios, nomeadamente no que respeita ao vosso apoio enquanto movimento de libertação reconhecido nos fóruns internacionais, e em primeiro lugar pela ONU e o Conselho de Segurança. Empenhados como sempre estivemos, iremos à Líbia fiéis às nossas promessas. (..) A Argélia apoia esta causa, bem como todas as outras, em conformidade com a Carta das Nações Unidas com vista a ajudar o povo saharaui e todos os povos a recuperar a sua liberdade e independência.»

21.05.05, Parlamento saharaui
O Presidente da República, Mohamed Abdelaziz, colocou a primeira pedra no edifício do Parlamento saharaui em Tifariti, nos territórios da RASD. A construção deste edifício, que terá a forma de uma tenda, é estimado em 180 000 euros. 150 habitações destinadas a cidadãos saharauis e financiadas pela Andaluzia serão igualmente construídas no mesmo local.

22.05.05, África do Sul
Mohamed Abdelaziz recebeu em Tifariti o primeiro embaixador da África do Sul na RASD, Ratubatsi Super Moloi, que lhe apresentou as cartas que o acreditam como embaixador extraordinário e plenipotenciário do seu país. A cerimónia decorreu pela primeira vez nos territórios libertados da RASD.

02.06.05, Panamá
O embaixador saharaui no Panamá é recebido em audiência pelo primeiro vice-presidente e ministro dos Negócios Estrangeiros, S. L. Navarro. Este renovou o apoio e a solidariedade do seu governo à justa luta do povo saharaui.

TERRITÓRIOS OCUPADOS E SUL DE MARROCOS

17.05.05, Entrevista
Brahim Sabbar, secretário-geral da Associação saharaui das vítimas das violações dos direitos humanos, em entrevista publicada pela revista marroquina "El Baydaoui", afirma que a ONU deve constituir um tribunal internacional para julgar os crimes contra a humanidade no Sahara Ocidental, à imagem do que fez na Jugoslávia e no Ruanda.

INTIFADA

Há já 2 semanas que o Sahara Ocidental ocupado é palco de manifestações populares a favor da autodeterminação e da independência, severamente reprimidas pela polícia.

As manifestações começaram espontaneamente no Domingo, dia 22 de Maio, na sequência da transferência no dia anterior do preso saharaui Haddi el Kainan da Prisão Negra de El Ayoun para o presídio de Aït Melloul, perto de Agadir &endash; este preso havia rejeitado a nacionalidade marroquina e devolvido os seus papéis de identidade. No seguimento da intervenção brutal da polícia, que causou inúmeros feridos, foram organizadas manifestações nos dias seguintes nos bairros maioritariamente saharauis. Aos protestos contra as violações dos direitos humanos juntaram-se rapidamente as reivindicações independentistas. A multidão grita slogans hostis a Marrocos e favoráveis à independência. Jovens empunham os símbolos da RASD. Bandeiras marroquinas são queimadas.

A resposta policial é extremamente violenta. Às forças de polícia tradicionais juntam-se os GUS, os Grupos urbanos de segurança novamente criados, e militares transferidos do sul de Marrocos. Os polícias, em busca dos activistas, invadem sistematicamente as habitações, entrando à força e destruindo tudo á sua passagem, aprisionando famílias inteiras. Não há notícias de cerca de 40 pessoas. Muitos foram encontrados mais tarde fora da cidade, próximo do aterro público ou no oued de Saguia. Muitos feridos tentaram receber tratamento nos hospitais, mas o pessoal dessas unidades recusou muitas vezes recebê-los. Treze casas foram devastadas. Hay Maatalla está cercada pelas forças de policiais, é um estado de sítio não declarado. Helicópteros militares sobrevoam a cidade. Fala-se de 60-150 feridos de ambos os sexos, um balanço exacto revela-se impossível. Vários defensores dos direitos humanos são detidos, insultados ou mesmo espancados.

Ao contrários dos tumultos de 1999, quando da primeira "intifada", muitas imagens das manifestações são desta vez difundidas. [ver os sites Västsahara, Cahiers du Sahara, AFAPREDESA ]

No dia 28 um grupo de 40 detidos é apresentado ao juiz, 30 (33 segundo uma fonte marroquina) são remetidos aos tribunais, 10 colocados em liberdade provisória. Teria havido 70 detenções.
Os media, numa primeira fase foram afastados: um camera da TV regional de El Ayoun é espancado pela polícia, um repórter da Assahifa é expulso de El Ayoun, a equipa da TV qatari Al Jazira vê-se impedida de sair do aeroporto, a da televisão espanhola é mantida no hotel.

No dia 29 de Maio, o poder organiza para a imprensa uma visita aos locais. Quando o wali acabava de declarar aos jornalistas que tudo havia entrado na ordem, estes subitamente encontram-se diante de uma nova concentração de manifestantes. A TV espanhola filma manifestantes a gritar "viva polisario, autodeterminação!". [ver video ] Contra-manifestantes marroquinos, organizados e enquadrados, investem contra cidadãos saharauis diante do Hotel Negjir. A polícia intervém. Nesse dia, a ligação via satélite dos telefones móveis é cortada. No dia 30 de Maio, novos tumultos, as detenções e os desaparecimentos prosseguem. A 2 de Junho uma jornalista espanhola é expulsa por "falsas declarações".
As manifestações estendem-se também a outras localidades das zonas ocupadas. Em Bojador duas pessoas são detidas a 29, três casas são saqueadas. Em Dakhla uma manifestação reúne no dia 31 de Maio mais de 1500 saharauis. Em Smara concentrações têm lugar a 31 de Maio e a 1 de Junho. Fala-se de detenções e de feridos.
No Sul de Marrocos, em Assa, Tan-Tan e Goulimine, as comunidades saharauis manifestam-se igualmente.

Em MARROCOS muitos estudantes saharauis protestam. Em Rabat, no dia 27, os estudantes saharauis manifestam a sua solidariedade com os manifestantes de El Ayoun. São brutalmente reprimidos diante das câmeras da Televisão espanhola [ver video]. São muitos os estudantes detidos. Outras movimentações têm lugar nas universidades, são os casos de Fez, Agadir, Marraqueche. Fala-se de 17 a 44 detenções em Agadir, e de 12 feridos.

A AFAPREDESA refere o desaparecimento a 1 de Junho de 3 cidadãos saharauis, presos sem motivo aparente em Marraqueche e transferidos para Rabat.

Defensores dos direitos humanos são presos, maltratados e ameaçados no seguimento dos confrontos em El Ayoun. Entre eles o presidente da secção local da AMDH, Associação marroquina dos direitos humanos, Fadel Gaoudi, Salek Bazeid (gravemente ferido), etc.

Mais recentemente Brahim Sabbar, Daha Errahmouni, Brahim Dahane e Daillal Mohamed Saleh, membros do secretariado executivo da Associação das vítimas saharauis das violações dos direitos humanos, são cercados pela polícia quando visitavam uma vítima dos confrontos. A polícia confiscou os seus documentos de identidade proferindo insultos e ameaças. Uma multidão juntou-se de imediato no local, e a polícia acabou por os libertar temendo uma nova manifestação.

Elmami Amar Salem e os membros do Comité contra a tortura de Dakhla, são seguidos durante muitas horas, e Talbi Alayat Sidi Mohamed Lehbib sofreu interrogatório e torturas durante a noite de 2 para 3 de Junho numa esquadra de polícia.

REACÇÕES

A 26 de Maio o Presidente saharaui pede ao Conselho de Segurança para proteger a população saharaui. O ministro saharaui dos Negócios Estrangeiros faz o mesmo alguns dias mais tarde, enquanto que a representação da Frente Polisario na Suíça pede a constituição de uma comissão de inquérito internacional, a nomeação de um Relator Especial e a abertura do territórios saharaui aos Media e observadores internacionais. A União dos Juristas saharauis escreve a Louise Arbour, Alta Comissária para os Direitos do Homem da ONU.

Não há reacções do lado da ONU. Mas fala-se de um relatório interno da MINURSO de 19 páginas sobre os acontecimentos.

O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros revela ter enviado um apelo à "serenidade" a Marrocos, à Frente Polisario e à Argélia, afirmando que é necessário "mobilizar as partes ", para retomar o diálogo no seio das Nações Unidas " (...) "para encontrar uma solução definitiva" para o conflito. [agências]
A 28 de Maio, o ministro da Justiça, Lopez Aguilar, declara-se a favor de um apoio diplomático e político da Espanha para se chegar a uma solução pacífica para o conflito do Sahara Ocidental.
O Governo saharaui declara-se "desiludido" com as declarações do ministro Angel Moratinos e com a política geral do novo Governo espanhol relativamente ao conflito de descolonização não concluída do Sahara Ocidental no qual a Espanha assume uma responsabilidade moral e política". [SPS]

Em contraste com a posição do governo central espanhol, os governos provinciais, as Cortes de Aragão e o parlamento de Navarra, e outras instituições, como a região de Múrcia ou a Câmara Municipal de Saragoça, tomam posição em favor dos direitos do povo saharaui e condenam a agressão marroquina.
Registam-se igualmente muitas manifestações por toda a Espanha: Algeciras, Sevilha, Madrid, Almeria, Alicante, Múrcia, Bilbao, Burgos, La Coruña, Las Palmas de Gran Canaria, Santander, Palma de Maiorca, St-Jacques, Pampelona, Barcelona, Valência, etc. e inúmeras tomadas de posição, como sejam as de FEDISSAH, CEAS, associações de solidariedade da Andaluzia, Catalunha, Canárias, Múrcia, Ávila, da Liga espanhola Pro Direitos Humanos, etc., etc. A FEDISSAH, Federacion estatal de instituciones solidarias con el pueblo saharaui, anuncia a deslocação a El Ayoun de uma delegação de eleitos e representantes de ONGs para uma missão de observação de 5 a 8 de Junho.
Em muitos outros países, as declarações de solidariedade são numerosas. Uma manifestação tem lugar em Paris a 4 de Junho.

Em Marrocos, na impossibilidade de se poder negar os factos, procura-se banalizar o sucedido:
Trata-se «de um acontecimento social perfeitamente banal e cuja responsabilidade teria origem em pessoas de outras paragens».
A intervenção policial consistiria numa «missão de preservação da ordem pública e de sossego dos cidadãos».
Há também explicações fantasistas: «Os acontecimentos que conheceu esta semana a cidade de El Aaiun são o resultado de uma tentativa de uma minoria explorar o clima de democracia e de liberdade que prevalece no Reino, para fazer passar discursos hostis e de conotação separatista », afirmou o wali de El Aaiun, acrescentando que «o levantamento se limitava a uma única rua num único bairro... Maâtallah», e que «elementos separatistas teriam feito beber os mineiros aguardente para que provocassem estes desacatos». Segundo uma outra fonte, «vários rapazes receberam a soma de 300 DH para cometerem actos de destruição em proveito dos separatistas.»
Ou então é avançada a tese do complot argelino-hispano-polisariano....

02.06.05, Apelo aos marroquinos
Em «carta às elites marroquinas», o Presidente saharaui afirma que «não há mais razão para que os intelectuais democratas, as elites, os partidos políticos e as instâncias da sociedade civil caucionem a política do governo marroquino(...). O povo marroquino irmão, com todas as suas componentes e forças vivas, deve enfrentar o desafio, o da paz, para estar em conformidade com as resoluções internacionais e os valores humanitários que constituem a base dos direitos do homem e da autodeterminação dos povos.... A nossa confiança em vós é grande, elites e povo marroquino irmão. A mão da paz que vos estendemos é sincera, «para que juntos possamos olhar o futuro com optimismo e esperança, o futuro radioso a que aspiram os nossos povos irmãos e as nossas gerações futuras.»

Numerosos documentos, fotos, vídeos, artigos de imprensa podem ser consultados nas seguintes páginas web:

ARSO
Western Sahara Online
Cahiers du Sahara
AFAPRDESA
Västsahaara.org

REFERENDO

21.05.05, Astúrias
O parlamento das Astúrias aprova por unanimidade uma declaração de apoio ao povo saharaui, na qual o parlamento pede ao governo de Espanha que favoreça todas as iniciativas políticas que respeitem o direito à autodeterminação do povo saharaui.

23.05.05, África do Sul
A ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros, Nkosazana Dlamini Zuma, declara ao jornal dos Emirados "Daily Star" que "a questão do Sahara Ocidental é uma questão de autodeterminação, um princípio sagrado para nós aplicável a todos os povos do mundo". O conflito do Sahara Ocidental deve ser resolvido através de um referendo sob os auspícios da ONU, acrescenta.

23.05.05, Resolução da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado italiano
A Comissão pede ao governo que tome as iniciativas necessárias junto de todas as organizações internacionais, em particular junto da ONU, da UE e do Conselho da Europa, para que se alcance rapidamente uma posição comum a Marrocos e à Frente Polisario para aplicar o plano Baker.

MARROCOS

Citação: «Imprensa. Khali Henna derrapa»
Foi a pontapé que Mounir El Ktaoui, jornalista do El Bidaoui, saiu de uma reunião de notáveis saharauis pro-Marrocos, realizada num hotel de Rabat no passado dia 24 de Maio e que tinha por figura central Khali Henna Ould Errachid, presidente do conselho municipal de Laâyoune. O objectivo da reunião tinha em vista procurar barrar os independentistas, cada vez mais visíveis do ponto de vista mediático. El Bidaoui tem o pecado de ser uma tribuna que lhes dá voz. Foi o que explicou Khali Henna antes de atirar ao chão em jeito teatral um exemplar do El Bidaoui que tinha na mão, e de dizer aos seus homens (em hassania) de expulsar El Ktaoui da sala. Se é assim que eles pretendem convencer a imprensa da justeza da sua causa...» [
telquel] A organização Repórteres sem Fronteiras protestou contra a agressão de que o jornalista foi alvo.

Autoridades marroquinas prosseguem na mobilização dos meios saharauis pro-marroquinos.
Por uma curiosa coincidência, no mesmo dia em em que o Sahara Ocidental ocupada se agitava a ferro e fogo, 300 personalidades saharauis deslocavam-se a Marrocos e avistavam-se com membros do governo e líderes de partidos políticos para afinar uma nova estratégia que permita lutar contra a contestação e a vontade de independência expressa pelas populações dos territórios ocupados.

UMA

23.05.05, Cimeira da UMA, o rei de Marrocos renuncia
Em reacção a uma mensagem do Presidente argelino ao secretário-geral da Frente Polisario considerada pelas autoridades marroquinas como «atentatória do sentimento nacional do povo marroquino, pela referência explicita a uma necessária "soberania e independência do povo saharaui sobre o seu território"». (...) Em consequência, «o Rei de Marrocos não poderá participar na Cimeira de Tripoli.» [MAP]

24.05.05: A Cimeira da UMA prevista para se realizar na capital líbia, a 25 e 26 de Maio, é adiada sine die.

AJUDA HUMANITÁRIA

Desde há dois meses que 46 refugiados do Bangladesh estão acolhidos pela Frente Polisario em Tifariti. Chegados a Casablanca, foram transportados para o deserto onde o seu guia os abandonou depois de lhes ter roubado os passaportes. Recolhidos pelos militares saharauis depois de terem passado o muro, foram por estes alojados e alimentados, esperando que a comunidade internacional se ocupe do seu caso. [S.O.S. en el Sahara, Luis de Vega, ABC, 20.05.05]

III Encontro de casas de doentes saharauis em Sabadell

Durante os dias 21 e 22 de Maio, reuniram-se em Sabadell os responsáveis das casas de doentes saharauis no Estado espanhol. Durante a reunião foram debatidos os mecanismos para agilizar a evacuação dos doentes uma vez pedida às autoridades espanholas que também elas agilizem as tramitações dos vistos para poder entrar em Espanha por motivos de saúde. A reunião também abordou a forma de como poder aumentar a eficácia das casas de crianças através da coordenação com o organismo da "Criança Saudável" que possui um programa específico para velar pela saúde das crianças saharauis. Os assistentes agradeceram à organização catalã "Solidaris amb el poble saharaui" pelo excelente acolhimento e pelos bons resultados alcançados.

SOLIDARIEDADE

La Asociación para la Cooperación con el Sur;ACSUR- Las Segovias, se complace en invitarte a la charla; coloquio: La mujer saharaui en el exilio, que tendrá lugar el próximo lunes 6 de junio de 2005, a las 19:00h, en el Hemiciclo de la Facultad de Letras de la Universidad de Murcia, sita en el Cámpus de la Merced. Intervienen: Fatma el - Mehdi (Secretaria de la Unión Nacional de Mujeres Saharauis), Alejandro García (Profesor Titular UM - Autor de "Historias del Sahara, el mejor y el peor de los mundos"). ACSUR &endash; Las Segovias (Región de Murcia)

Regione calabria azienda sanitaria n. 3 - Rossano
Patto di Amicizia e Cooperazione Con il popolo Saharawi
Giovedì 26 maggio ore 18,00, Sala Convegni A.S. N. 3 Rossano
Interverranno Dott. Achille Gentile (D.G. A.S. n. 3 Rossano) Omar Mih (Rappres. Popolo Saharawi)
Umberto Romano (Scrittore) Tonino Caracciolo (Coop. con il popolo Saharawi) O.le Nicola Adamo (V.P. Giunta Regionale Calabria) O.le Doris Lo Moro (Ass.re Sanità Regione Calabria).

Gonfreville: Retour de la mission de co-développement dans le camp sahraoui de J'Refia
Le 14 mai dernier, 4 jeunes Gonfrevillais accompagnés de 3 représentants du Comité de Jumelage de Gonfreville l'Orcher revenaient d'un voyage dans les camps sahraouis situés au Sud-Ouest de l'Algérie. Les jeunes ont aidé les autochtones à terminer la construction de murs autours de jardins pour protéger les cultures du vent. Les yeux grands ouverts, ils ont découvert une population accueillante et mobilisée pour la cause de leur peuple. Gonfreville est jumelé à J'Refia, camp sahraoui au Sud de l'Algérie, depuis 1993.

CULTURA

El 20 de mayo tenían lugar en la Universidad de Alicante el encuentro «La poesía en la vida del pueblo saharaui», organizado por la Asociación Dajla, solidarios con el pueblo saharaui, de San Vicente del Raspeig.

EM BREVE

Jornadas internacionales de arqueologia: pasado y presente sahara occidental, previsto su organizacion en la 31 conferencia de coordinacion europea 2005 tifariti
El ministerio de cultura y deporte de la republica arabe saharaui democratica, tiene el honor de invitar a todos los arqueologos y antropologos, que han tenido la ocasion de realizar cualquier estudio o expedicion en el sahara occidental en estos ultimos años a participar en estas jornadas para unir sus voces con las nustras, con un interes centifico, para que el arte rupestre del sahara occidental pueda ser reconocido como patrimonio de la humanidad. esta sera la mejor manera para asegurar su preservacion a la vez que lo daria a conocer a nivel mundial la unesco.

Objetivos: - eponer y explicar la situacion actual del arte rupestre del sahara occidental y poner en comun los diferentes estudios y trabajos centificos, que profesionales de la arqueologia han llevado a cabo en el sahara occidental.

Informacion tel. 0034686215416 o bcheij@hotmail.com

 

INTERNET

NOVAS PUBLICAÇÕES
[É possível que existam links com diversos jornais que deixem de estar em funcionamento ao fim de alguns dias]

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>> Revue de la presse internationale francophone http://fr.groups.yahoo.com/group/sahara-info/messages  avec plusieurs SPECIAL INTIFADA

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